NICOLINA CALABRESE
( BRASIL – RIO DE JANEIRO )
Poetisa, professora de língua portuguesa e literatura;
Pedagoga, especialista em Educação, Administração e
Supervisão Escolar.
Tem participação em várias atividades: Academia Brasileira de Letras – RJ; no Real Gabinete Português de Leitura -RJ;
no Real Gabinete Português de Leitura – RJ.
Em vários congressos de língua e literatura – EFRJ, entre outros.
Reside em Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro.
ANTOLOGIA DEL ´SECCHI, 2008. Organização Roberto de Castro Del´Secchi. Rio de Janeiro: Del´Secchi, 2008. 404 p. 14 x 21 cm ISBN 85-86494-14-3
No. 10 253
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
DESAPEGO
Dedico esta poesia para minha irmã Mariângela
Calabrese, com eterno amor.
Difícil desapego da matéria
tão importante para os humanos
inúmeros enganos são cometidos
em nome do poder, da Fortuna, do Dinheiro e muito mais...
imenso valor possui na terra a matéria, quase bruta afinal
reais valores da vida, totalmente, deturpados
os verdadeiros valores morais quasse perdidos;
ilusão de boa vida, vendida a preço de ouro
felicidade confundida, medida e comparada
ao poder de compra; a riqueza do metal e outras coisas levianas.
Como é importante o dinheiro para a humanidade
enorme é a inversão dos verdadeiros Valores Morais e Espirituais
associados à fortuna, a posse da matéria, a fama, vaidade e muitas mais desta forma, totalmente, confusa, temos o mundo que temos
cheio de desencontros, desencantos, guerras, violências
e tudo o mais; tantos são os excluídos do direito de bem viver
quantas desigualdades, injustiças, preconceito, gerados pela conquista do efêmero poder aqui na terra, através da quantidade desta matéria tão bruta, quase brutal;
possuída e idolatrada pelos humanos, tantas vezes, tão desumanos;
absolutamente, alienados estão; não tomam nenhuma consciência
dos grandes enganos cometidos no uso do Poder, do Ouro,
da matéria; que nada mais são que empréstimos de Deus aos humanos para serem usados pelo Bem Viver comum.
A maioria; disso nem quer tomar ciência; não se apercebem da justiça divina e com toda autoridade e certeza, tomam posse individual, total, da fortuna que deveria se igualmente e justamente
dividida por todos, com justiça e igualdade.
Quantos poderosos, grandes afortunados, milionários, lembram
que ao lado, bem pertinho, existem irmãos, humanos também,
filhos de Deus, que nada possuem e friamente são
classificados como excluídos, mas quem tem, nesta
terra tão enorme poder de incluir ou excluir?
Quantos tristes enganos, levianamente, são cometidos onde está a
sensibilidade, compaixão, bondade, piedade e muito mais?
onde andará o amor ao próximo tão próximo que é aos olhos de Deus. E o sonho de Jesus quem lembra? —“Amai-vos uns aos outros
com eu vos amei”...
o verdadeiro amor de Jesus onde está? Perto ou longe? Quem saberá? Quantas aulas ainda teremos de vivenciar e aprender
na escola primária desata vida nesta terra? Muitas, muitas mesmo.
Tanto tempo passou e a humanidade não progrediu,
nem melhorias de fato verdadeira alcançou
vamos continuar nesta escola da vida, por muito tempo,
sempre aprendendo e aprendendo; precisamos
melhorar, crescer e até renascer; com bons valores e
o imenso e verdadeiro amor que Jesus nos ensinou
vamos dar as mãos, no unir para o Bem Fazer e para
o Bem Viver, sempre com muito, muito amor;
com vontade de acertar, podemos, logo começar,
o caminho certo Deus nos mostrará.
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DOCE E BRANDA NEVE
MINHA INFÂNCIA CHEIA DE ALEGRIA
Homenagem Especial – Itália — através desta poesia, presto carinhosas homenagens par todos os italianos e descendentes. Especialmente ao editor, escritor e amigo
Roberto de Castro Del´Secchi, descendente da nobreza
italiana.
Neve branquinha parecia
com algodão doce, suave e
bela; eu a conheci, longe
do Brasil, brinquei com
a neve, jamais esqueci,
na Itália, longe, no lugarzinho
distante, onde nasci.
Quantas lembranças tenho comigo
de minha infância tão feliz, ela
foi para mim, minha mãezinha,
sempre comigo, como fui alegre,
naquele caminho, longe, mas
tão perto de mim, quanta
saudade; meu berço lá ficou...
No frio, quanta neve vi, tive
tanta neve minhas mãos,
lembranças tão boas, puras e
brancas, iguais a gentil neve
que tanto me encantava, ficava
parada vendo a neve caindo;
olhando para ela como floquinhos.
Tudo era branquinho, lindo!
A neve enchia de branco
todos os lugares abençoados
por Deus, por receber presente
branco e puro do Céu. Tempo
de frio, mas tão quente pode
ficar, dependendo do amor.
*
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Página publicada em fevereiro de 2025.
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